Leia

Isaías 55:8 —9 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos”, declara o Senhor. 'Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são meus caminhos mais altos do que os seus caminhos e meus pensamentos do que seus pensamentos'”.

Pense

Todos nós vamos lá. A espiral mental. Geralmente começa com algo pequeno — um revés, um atraso, um comentário doloroso. Mas aí começam as perguntas: “Por que isso está acontecendo? Por que eu? O que eu fiz de errado?” Antes que você perceba, você passou de uma situação para uma tempestade de suposições e autocríticas. E quanto mais você pensa, pior fica. Bem-vindo ao beco sem saída emocional, onde os pensamentos circulam sem parar, mas a cura nunca chega.

Essas espirais parecem produtivas. Como se estivéssemos chegando a algum lugar. Como se apenas entendêssemos a dor, pudéssemos corrigi-la ou evitá-la na próxima vez. Mas a verdade é que perguntar “Por que eu?” raramente leva à clareza. Isso geralmente leva à amargura, comparação ou vergonha. Não é que a pergunta esteja errada — é só que não é onde Deus quer que fiquemos.

Isaías 55 é um lembrete chocante, mas libertador: Deus não pensa como nós. Sua lógica não está limitada por nossa perspectiva limitada. O que parece um caos para nós pode, na verdade, ser a coordenação do ponto de vista dele. O que parece injusto pode, na verdade, ser misericórdia. O que parece atrasado pode estar exatamente na hora certa. Mas esse tipo de perspectiva exige confiança, especialmente quando não obtemos as respostas que queremos. Jesus nunca prometeu explicar tudo. Na verdade, muito do que ele disse exigia fé infantil, não uma lógica hermética. E embora Deus possa lidar com nossas perguntas (leia os Salmos — Davi fez muitas perguntas), ele também nos convida a liberar o que talvez nunca entendamos completamente.

O perigo da espiral é que ela nos mantém focados para dentro. Sobre nossa dor. Nossas suposições. Nossas expectativas não atendidas. Mas a sabedoria muda o foco para fora e para cima. Diz: “Não entendo, mas não preciso. Eu confio naquele que acredita.” E isso não é otimismo cego. Essa é uma fé conquistada com dificuldade e testada em batalhas. É acreditar que Deus vê o quadro completo quando tudo o que vemos é um único quadro. É escolher acreditar que seu silêncio não é ausência e que seu “não” não é negligência.

O problema é o seguinte: espiralar não é apenas cansativo. É caro. Isso rouba a paz, a presença e a perspectiva. Isso mantém você preso ensaiando a dor em vez de liberá-la. Deus não quer que você fique preso em sua própria cabeça. Ele quer que você se baseie na verdade dele. E embora seus pensamentos possam parecer altos e convincentes, eles nem sempre dizem a verdade. É por isso que as Escrituras nos dizem que devemos levar cativos todos os pensamentos (2 Coríntios 10:5), não apenas deixá-los correr soltos.

Então, da próxima vez que sua mente começar a girar, não continue. Interrompa o padrão. Respire. Pausa. Lembre-se: “Os caminhos de Deus são mais elevados. Seus pensamentos estão melhores. E eu não preciso de todas as respostas para andar pela fé.”

Aplique

Pense em um pensamento ou pergunta repetida que tem surgido em sua cabeça ultimamente. Anote isso. Então, abaixo, escreva uma verdade simples das Escrituras ou algo que você sabe ser verdade sobre Deus. Cole no espelho ou no painel. Deixe a verdade interromper a espiral.

Ore

Deus, você sabe com que facilidade meus pensamentos correm soltos. Eu quero respostas, mas o que eu realmente preciso é de confiança. Ajude-me a liberar as perguntas que não consigo resolver e substitua-as pela verdade que me ancora. Seus caminhos são mais elevados. Ensine-me a descansar nisso hoje. Em nome de Jesus. Amém.