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Salmo 13:1 “Quanto tempo, Senhor? Você vai me esquecer para sempre? Por quanto tempo você vai esconder seu rosto de mim?”

Pense

Há um tipo de silêncio que parece sagrado, como o silêncio do nascer do sol ou a quietude logo após a queda de neve. Mas depois há o silêncio que parece esmagador. Do tipo que se segue a uma oração que você faz há meses sem uma resposta. Do tipo que se estende por meio de uma decisão para a qual você precisa desesperadamente de orientação. Do tipo que permanece na adoração quando todo mundo parece estar sentindo alguma coisa, mas você simplesmente não sente... nada.

O silêncio espiritual é uma das partes mais desorientadoras da vida cristã. Não porque não acreditamos que Deus seja real, mas porque nos perguntamos se ele ainda está perto. Começamos a questionar: “Eu fiz algo errado? Estou sendo punido? Por que ele não está falando como costumava fazer?”

Davi, o homem segundo o coração de Deus, conhecia bem essa dor. O Salmo 13 começa como um diário cheio de frustração. ”Quanto tempo, Senhor? Você vai me esquecer para sempre?” Essa frase por si só dá permissão para levar nossas emoções cruas à presença de Deus. Davi não é punido por fazer a pergunta — suas palavras estão preservadas nas Escrituras. Isso nos diz algo importante: Deus não tem medo da nossa honestidade. Na verdade, ele o convida.

Mas eis o que é igualmente importante: David não para com a pergunta. O mesmo salmo que começa com o silêncio termina com: “Mas eu confio no seu amor infalível”. Essa mudança não ocorre porque a situação mudou — ocorre porque Davi se lembrou de quem é Deus., mesmo quando ele não conseguia ouvir o que Deus estava fazendo.

Às vezes, Deus fica em silêncio não porque está distante, mas porque está fazendo algo mais profundo. O silêncio nas Escrituras geralmente é uma configuração para algo significativo. Antes de Deus criar a criação, havia escuridão e vazio. Antes de começar seu ministério, Jesus passou quarenta dias no deserto — quieto, isolado, tentado. Mesmo entre o Antigo e o Novo Testamento, houve 400 anos de silêncio profético... e então um bebê chorou em Belém.

O silêncio espiritual não é Deus abandonando você — geralmente é Deus amadurecendo você. Porque a confiança real não é construída quando você sente tudo com clareza. De qualquer forma, é construído quando você caminha pela fé. Quando você continua aparecendo em oração. Quando você permanece enraizado na Palavra, mesmo quando ela não “aparece”. Quando você canta a canção de adoração não porque a sente, mas porque acredita nela.

Às vezes, o ato de fé mais poderoso não é um milagre ou uma descoberta. É ficar quieto quando você quer correr e permanecer fiel quando você quer desistir.

Deus pode estar em silêncio, mas ele não está ausente. Se você estiver em uma estação tranquila, não a desperdice. Pressione. Elimine o barulho. Peça a Deus que revele o que ele quer que cresça em você por meio do silêncio, não apenas depois que ele terminar. Porque, embora o silêncio possa parecer ausência, geralmente é uma preparação. E no reino de Deus, nada é desperdiçado.

Aplique

Resista à tentação de preencher o silêncio. Reserve dez minutos hoje — sem música, sem telefone, sem barulho — e fique quieto com Deus. Não peça nada. Apenas fique com ele. Deixe o silêncio falar. E se parecer estranho ou vazio, tudo bem. A fé também cresce na quietude.

Ore

Deus, o silêncio tem sido difícil. Eu quero te ouvir claramente, e agora, parece quieto. Mas eu escolho confiar em seu coração, mesmo quando não consigo ouvir sua voz. Ajude-me a lembrar que seu silêncio nunca é sinal de ausência. Desenvolva em mim o tipo de fé que não precisa de barulho constante para se manter enraizada. Aproxime-se, mesmo que seja de uma forma que eu não espero. Em nome de Jesus. Amém.