Leia

1 Coríntios 13:13 “E agora esses três permanecem: fé, esperança e amor. Mas o maior deles é o amor.”

Pense

Se você já andou por um pomar ou viu uma videira cheia de frutas maduras, sabe de uma coisa: as frutas não aparecem da noite para o dia. Ela cria raízes, nutrição, tempo e cuidado intencional. O mesmo acontece em nossa vida espiritual. E quando Paulo lista o fruto do Espírito em Gálatas 5, ele começa com amor por uma razão. O amor não é apenas o primeiro em ordem; é fundamental por natureza. Sem ela, nenhuma das outras frutas pode crescer da maneira que Deus planejou.

Em 1 Coríntios 13, muitas vezes chamado de “capítulo do amor”, Paulo faz uma declaração incrivelmente ousada. Ele diz que você pode falar em línguas, profetizar, doar todos os seus bens, até mesmo oferecer seu corpo como sacrifício, e ainda assim errar totalmente o objetivo se o amor não estiver presente. Em outras palavras, você pode fazer todas as coisas “certas” e ainda estar espiritualmente vazio se seu coração não estiver enraizado no amor.

Essa é uma dura verdade. Porque a maioria de nós gosta de listas de verificação. Gostamos de avaliar como estamos nos saindo em nossa fé. Mas o amor não pode ser medido pelo desempenho. Isso aparece nos motivos por trás de nossas ações e na maneira como tratamos as pessoas que não têm nada a nos dar em troca. O amor aparece na forma como reagimos às interrupções, como perdoamos quando dói e como servimos quando ninguém está assistindo.

A palavra bíblica para amor aqui é “ágape”. Não é romântico nem sentimental. É sacrificial. Ele dá sem marcar pontos. Ele se move em direção aos outros mesmo quando é inconveniente ou desconfortável. O amor ágape escolhe o bem de outra pessoa, independentemente de como ela reaja. Esse é o tipo de amor que Deus nos mostrou em Cristo, e é o tipo de amor que o Espírito quer que cresça em nós.

Quando pediram a Jesus que mencionasse o maior mandamento, Ele disse: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo seu coração, alma, mente e força”, e depois acrescentou: “Ame seu próximo como a si mesmo”. Ele estava dizendo que o amor não é apenas uma parte de seguir a Deus. É o cerne da coisa toda. Você não pode separar a maturidade espiritual do amor. Você não pode seguir Jesus enquanto se recusa a amar as pessoas pelas quais ele morreu.

Ao começar essa jornada de nove semanas pelo fruto do Espírito, não se apresse em superar o amor como se fosse uma introdução suave. O amor não é o aperitivo. É a mesa em que se senta o resto da refeição. Você não cultivará alegria, paz, paciência ou qualquer outra fruta sem que o amor se enraíze primeiro. E sejamos honestos: o amor nem sempre é natural. É difícil amar quando você se sente invisível, exausto, ofendido ou incompreendido. Às vezes, o maior obstáculo para amar não é o comportamento da outra pessoa, mas nossa própria insegurança ou dor. É por isso que esse tipo de amor tem que vir do Espírito. Não é fabricado se esforçando mais. É produzido por ficar perto de Jesus e deixar seu amor moldar a forma como você vê as pessoas.

Esta semana, você não está sendo convidado a se apresentar. Você está sendo convidado a receber. O Espírito Santo não produz frutos em você porque você é impressionante. Ele produz frutos em você porque você está rendido. Comece aqui: com amor. Com o amor dele por você. Com seu amor por ele. E com a coragem de perguntar: “Como seria amar mais como Jesus hoje?”

Aplique

Escreva esta frase e mantenha-a à sua frente hoje: “Se eu errar no amor, eu entendo tudo errado”. Passe alguns minutos perguntando ao Espírito Santo onde falta amor em seus motivos, relacionamentos ou hábitos. Não tente consertar tudo. Comece sendo honesto e peça a Deus que comece a obra em você.

Ore

Deus, obrigado por me amar primeiro, não porque eu mereci, mas porque é a sua natureza. Confesso que muitas vezes tento produzir frutas sozinha e esqueço de deixar seu amor ser a base. Ensine-me a amar como você ama. Que esse seja o ponto de partida de tudo o que eu penso, digo e faço. Em nome de Jesus. Amém.