Então... E agora?

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Então... E agora?
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Lucas 24:13 —16, 30—32 “Enquanto caminhavam, estavam conversando sobre tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam essas coisas, o próprio Jesus veio de repente e começou a andar com eles. Mas Deus os impediu de reconhecê-lo... Ao se sentar para comer, ele pegou o pão e o abençoou. Então ele o quebrou e deu para eles. De repente, seus olhos se abriram e eles o reconheceram.”
Pense
Os lírios ainda estão frescos. As canções de adoração ainda estão ecoando em sua cabeça. “Ele ressuscitou!” —você ouviu isso no domingo. Talvez você até tenha acreditado nisso. Mas então apareceu a segunda-feira com as mesmas contas de sempre, sua mesma caixa de entrada antiga e talvez até o mesmo peso de sempre no peito.
Já sentiu que o mundo não muda muito no dia seguinte à Páscoa?
Você não está sozinho. É exatamente aí que encontramos dois dos discípulos de Jesus em Lucas 24. É o dia após a ressurreição. Eles ouviram que a tumba estava vazia, mas não havia afundado. Eles estavam se afastando de Jerusalém, o lugar onde a esperança havia morrido, conversando sobre isso, tentando entender tudo. O mundo deles havia sido abalado — e não de uma maneira boa. Eles estavam confusos. Desorientado. Profundamente decepcionado.
E aqui está a parte selvagem: Jesus aparece. Literalmente começa a andar com eles. Mas eles não o reconhecem.
Isso não é uma foto nossa? Jesus está ao nosso lado na confusão, e sentimos falta dele porque estamos muito focados no que não aconteceu. A oração que não foi respondida. O trabalho que não deu certo. A dor que não cessou. A ressurreição aconteceu, mas nossa realidade não se atualizou.
O que eu amo nesse momento é que Jesus não os envergonha. Ele não revira os olhos nem os corrige na hora. Ele apenas caminha com eles. Ele escuta. Ele os deixa desabafar. E então, pouco a pouco, ele começa a revelar a história, ajudando-os a ver o panorama geral.
Às vezes, a coisa mais espiritual que Deus nos oferece é sua presença silenciosa em nossas perguntas diárias. Ele nem sempre apaga a dor imediatamente, mas sempre se junta a nós nela. Esse é o tipo de Salvador que ele é.
E então, justamente quando eles se sentam para comer — quando ele quebra o pão — isso acontece. “Seus olhos se abriram e eles o reconheceram.”
Não durante o mergulho teológico profundo. Não durante um milagre. Mas durante o jantar. Ao partir o pão.
Há algo profundamente simbólico aí. Jesus geralmente aparece com mais clareza no intervalo. A quebra das expectativas. A quebra do conforto. A quebra de nosso orgulho ou autossuficiência. E, claro, a maior ruptura — seu próprio corpo, quebrado por nós na cruz.
Spurgeon disse uma vez: “Jesus geralmente está mais perto do que pensamos, embora não o reconheçamos.” Essa verdade é diferente na segunda-feira após a Páscoa. Talvez não sintamos todas as emoções do topo da montanha. Mas ele está aqui. Caminhando. Ouvindo. Partindo o pão. Abrindo os olhos.
A tumba vazia não foi o fim da história. Foi o começo de um novo tipo de caminhada, em que Jesus está sempre perto, mesmo quando se sente distante.
Então, se hoje parece normal, ou mesmo errado, você está em boa companhia. A primeira segunda-feira de Páscoa também foi cheia de confusão. Mas Jesus já estava na estrada. Já estou falando. Já está mexendo corações.
A mesa ainda está pronta. Ele ainda está partindo o pão. A questão é: estamos prestando atenção?
Aplique
Faça uma caminhada hoje, literalmente. À medida que avança, nomeie as coisas que parecem não resolvidas ou confusas no momento. Fale com Jesus como se ele estivesse andando ao seu lado, porque ele está. Não se apresse em tirar conclusões. Não amarre com um laço. Apenas deixe a caminhada ser a oração. Ou se você estiver preso lá dentro, pegue um diário e escreva suas perguntas. Deixe Jesus se juntar a você neles.
Ore
Jesus, obrigado por não me deixar sozinha em minhas dúvidas. Você anda ao meu lado mesmo quando eu não te reconheço. Você é paciente com minhas dúvidas. Você é gentil com minhas perguntas. Ajude-me a diminuir a velocidade e prestar atenção. Abro meus olhos para ver você no dia a dia, mesmo no freio. Você está vivo — e isso muda tudo. Em nome de Jesus. Amém.