Paz que não faz sentido

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Paz que não faz sentido
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Filipenses 4:7 “E a paz de Deus, que transcende todo entendimento, guardará seus corações e suas mentes em Cristo Jesus.”
Pense
Há uma diferença entre paz e alívio. O alívio vem quando a pressão diminui, quando as contas são pagas, o diagnóstico é claro, o conflito é resolvido. É externo e geralmente temporário. Mas o tipo de paz de que Paulo fala em Filipenses 4:7 é diferente. Não vem depois a tempestade. Ela aparece no meio dela.
Não é lógico. Não está arrumado. Não é algo que você possa fabricar com uma rotina melhor, uma sala silenciosa ou uma semana de folga. Não é frágil, como a calma, nem superficial, como a distração. Essa paz guardas você. Essa palavra em grego, phroureō, significa vigiar como uma sentinela militar. Não é só conforto. Ele protege. E isso não decorre das circunstâncias. Ela flui de Cristo.
Mas aqui está o problema: você não obtém esse tipo de paz por acidente. Pouco antes desse versículo, Paulo dá contexto. Ele está escrevendo da prisão, não de um spa. Ele está dizendo a uma igreja sob pressão que se regozije e resista à ansiedade. E a maneira de fazer isso? Traga tudo — suas preocupações, seus desejos, suas hipóteses — para Deus. Não só uma vez. Não só quando as coisas estão desesperadoras. Mas como um estilo de vida.
É uma paz que transcende a compreensão porque não segue as regras do mundo. Não espera que as coisas se acalmem. Ele aparece quando o chão está tremendo. Isso se instala sobre você quando tudo na sua vida diz que você não deveria fique bem, mas de alguma forma, você está.
É assim que a paz em Jesus se parece. Não é a ausência de luta. É a presença de alguém mais forte. E talvez a razão pela qual muitos de nós nos sintamos espiritualmente frágeis não seja porque não acreditamos na paz, é porque estamos tentando criá-la nós mesmos. Queremos que Jesus resolva nossos problemas, mas não invada nossos ritmos. Queremos descansar sem nos render. Queremos serenidade sem confiança.
Mas a paz não cresce no controle — ela cresce na liberação. É por isso que Paulo vincula isso diretamente à oração. Não apenas uma lista rápida de solicitações, mas uma comunhão real, honesta e cheia de ansiedade. Quando você se entrega totalmente a Deus — as perguntas, a dúvida, o estresse, a esperança dolorosa — algo muda. A situação pode não. As pessoas ao seu redor talvez não. Mas você vontade.
Porque o tipo de paz que Jesus oferece não se encontra em evitar problemas. É encontrado em ficar com ele. E quando a paz dele protege você, você não precisa que tudo faça sentido. Você só precisa se lembrar de quem está vigiando seu coração.
Aplique
Em vez de rolar, escapar ou analisar demais, faça uma pausa e ore quando a ansiedade surgir. Literalmente, pare e diga: “Jesus, eu dou isso para você. Guarde minha mente. Guarde meu coração. Seja minha paz.” Diga isso no carro, na sua mesa ou no meio de uma conversa, se precisar. Deixe que a paz seja sua primeira resposta, não seu último recurso.
Ore
Jesus, eu preciso da sua paz. Não é uma solução rápida. Não é uma bandagem. Mas o tipo real, profundo e estável que protege minha alma. Estou cansado de buscar a calma em coisas que não conseguem. Trago a vocês minha ansiedade, meu estresse, meus medos — tudo o que parece demais. Pegue, segure, redima. Seja minha paz quando as coisas não fizerem sentido. Em nome de Jesus. Amém.