Você o ouve?

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Você o ouve?
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1 Reis 19:11 —12 “O Senhor disse: 'Saia e fique na montanha na presença do Senhor, pois o Senhor está prestes a passar'. Então, um vento forte e poderoso rasgou as montanhas e despedaçou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto, veio um incêndio, mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo veio um sussurro suave.”
Pense
Nem sempre sabemos mais ouvir. Nós rolamos. Nós transmitimos. Preenchemos cada pausa com ruídos — músicas, podcasts, conversas, comentários. O silêncio parece estranho. Improdutivo. Como se algo estivesse errado. Mas talvez o silêncio não seja o problema. Talvez seja o convite.
Elijah descobriu isso da maneira mais difícil. Ele acabara de experimentar um dos milagres mais ousados de todas as Escrituras: fogo do céu, inimigos derrotados, o poder de Deus em plena exibição. Mas nem mesmo esse momento poderia protegê-lo do medo. Uma ameaça da Rainha Jezebel o leva à ansiedade e ao isolamento. Ele corre para o deserto. Então, ele corre mais longe. Finalmente, exausto e vazio, ele cai em uma caverna.
Deus diz a ele que saia. Para esperar pela presença dele. E depois vem o vento. O terremoto. O fogo. De todas as formas, Deus poderia apareça. Todas as maneiras pelas quais querer que ele apareça — alto, óbvio, avassalador. Mas Deus não estava em nada disso.
Então, um sussurro. Não com força. Não com espetáculo. Apenas um leve toque de proximidade. E esse é o momento em que Elijah cobre o rosto. Porque ele sabe. Deus está aqui.
Não era uma performance que Elijah precisava. Foi presença. Muitas vezes dizemos que queremos ouvir Deus, mas o que realmente queremos é clareza sob demanda. Respostas rápidas. Fogos de artifício divinos. Mas ouvir a Deus não é transacional. É relacional. É menos sobre decodificar uma mensagem e mais sobre aprender a cadência de sua voz. E isso leva tempo. Quietude. Repetição.
Pense nisso: como você reconhece a voz de alguém em uma sala lotada? Você não precisa ver o rosto deles. Você acabou de conhecer isso. Porque você já ouviu o suficiente. Você já esteve perto o suficiente. Isso é o que Deus quer para nós. Não são frases de efeito espirituais. Não são direções pontuais. Mas proximidade que produz reconhecimento. Uma relação que transforma o sussurro em algo inconfundível.
A dura verdade? Você provavelmente não o ouvirá até diminuir o ritmo, parar de exigir volume e começar a prestar atenção ao que ele já está dizendo — por meio de sua Palavra, de sua convicção e de momentos que parecem pequenos, mas permanecem com você. Deus não compete por atenção. Ele espera pelo seu. Então, se você está cansado do barulho, talvez o sussurro não seja apenas mais suave, é melhor. Talvez seja o que sua alma sempre desejou.
Aplique
Escolha hoje um momento em que você normalmente pegaria seu telefone: esperando na fila, sentado no trânsito, relaxando antes de dormir. Em vez disso, faça uma pausa. Não role. Não preencha o espaço. Apenas respire e convide Deus para isso: “Deus, estou ouvindo.” Você não precisa de um diário, de uma vela ou de um cenário perfeito. Só um coração disposto.
Depois, anote: alguma coisa mexeu? Uma ideia? Uma cutucada? Um nome que me veio à mente? Isso pode ser apenas um sussurro. Não analise demais isso. Apenas reconheça isso. Que esse seja o começo de aprender a reconhecer Deus no comum.
Ore
Deus, eu confesso, muitas vezes procuro você em voz alta. Mas você não está limitado ao barulho ou ao drama. Ensine-me a acalmar meu coração. Para criar um espaço onde sua voz possa ser ouvida. Ajude-me a me tornar alguém que não só fala com você, mas escuta você. Em nome de Jesus. Amém.