Leia

João 21:9 —17 “Quando aterrissaram, viram ali uma fogueira de brasas com peixes e um pouco de pão... Jesus lhes disse: 'Venham tomar café da manhã'... Quando terminaram de comer, Jesus disse a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? ' “Sim, Senhor”, disse ele, “você sabe que eu te amo”. Jesus disse: 'Apascenta meus cordeiros. '... Na terceira vez, ele lhe disse: 'Simão, filho de João, você me ama?' Pedro ficou ferido porque Jesus lhe perguntou pela terceira vez... Ele disse: 'Senhor, você sabe todas as coisas; você sabe que eu te amo'. Jesus disse: 'Alimente minhas ovelhas'”.

Pense

O fracasso tem um cheiro. Cheira a fumaça — pontes queimadas, esperança queimada, planos queimados. Peter conhecia esse cheiro. A última vez que esteve perto de uma fogueira, ele negou conhecer Jesus três vezes. Esse momento o assombrou. Foi o ponto mais baixo de sua história.

E então veio a ressurreição. Jesus estava vivo! A tumba estava vazia! Mas Peter... ainda estava cheio de arrependimento.

Esse é o problema da graça. Mesmo quando acreditamos que é real, nem sempre temos certeza de que é para nós. Especialmente depois de errarmos.

Então, o que Jesus faz?

Ele prepara o café da manhã.

Sério — João 21 diz que quando Pedro e os outros chegaram da pesca, encontraram Jesus parado na praia, com o fogo de carvão crepitando, peixe e pão já prontos. Sem palestra. Sem festa de vergonha. Apenas “Venha e coma”.

Este é o coração de Jesus: Ele nos restaura no mesmo lugar em que caímos.

Não foi uma coincidência que Jesus tenha feito uma fogueira. Essa mesma palavra grega para fogo de carvão vegetal—antraquia—só aparece uma outra vez nas Escrituras: no pátio onde Pedro O negou. Jesus recriou o cenário para que ele pudesse redimir a memória. Ele não evita nossa dor. Ele nos encontra nela e reescreve a história.

Depois do café da manhã, Jesus faz três perguntas a Pedro. Não é sobre desempenho. Não é sobre erros. Apenas: “Você me ama?”

Três negações. Três afirmações. E nem uma vez Jesus diz: “Eu te avisei”.

Em vez disso, Ele diz: “Alimente minhas ovelhas”. Em outras palavras, “Você ainda é chamado. Você ainda é meu. Eu ainda quero você.”

O fracasso de Peter não o desqualificou. É preparado ele. A dor o suavizou. A restauração o capacitou. E poucas semanas depois, Pedro pregaria o sermão que lançou a Igreja (Atos 2). É isso que Jesus faz: ele transforma pessoas quebradas em testemunhas ousadas.

Talvez você esteja vivendo com a fumaça de algum arrependimento passado. Uma conversa que você gostaria de desfazer. Um hábito que saiu do controle. Uma época em que o medo venceu a fé. E talvez você esteja se perguntando: “Deus ainda me quer?”

Amigo, Jesus já está na praia. Ele tem café da manhã na lareira. E ele não está mencionando seu fracasso para envergonhá-lo — ele está convidando você para a liberdade. Ele não quer refazer seu pecado. Ele quer te lembrar do seu amor.

A mesa está posta. O fogo está aceso. Tudo que você precisa fazer é vir.

Aplique

Anote uma área da sua vida em que você sente que “estragou tudo”. Agora, imagine Jesus sentado à sua frente — sem condenação, apenas compaixão. O que ele poderia dizer para você?

Reserve alguns minutos para agradecê-lo por ainda ligar para você, continuar usando você, ainda te amar. Considere compartilhar sua história com alguém que precisa saber que o fracasso não é definitivo.

Ore

Jesus, obrigado por preparar o café da manhã para pessoas quebradas como eu. Por me encontrar nas cinzas do arrependimento e me chamar para algo novo. Você sabe cada momento que eu errei — e você ainda diz: “Siga-me”. Ensine-me a receber esse tipo de graça. Para viver como se eu fosse amada. Para liderar como se eu tivesse sido restaurado. Em nome de Jesus. Amém.